sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Importância da Programação Visual

Olá a todos!
Estamos nos preparando para a próxima edição do jornal. Assim devemos nos organizar para que toda a equipe (jovens e educadores) possam desenvolver este processo de forma mais consciente. São muitas as dificuldades, mas há muitos desafios que foram superados, dessa forma, segue as "dicas" para uma melhor programação visual do nosso jornal. para que além da qualidade dos textos, possamos assegurar um "layout" legal. Essa dicas constam na íntegra no CD Tutorial. Espero que seja proveitoso.
Um abraço ,
Kellynia


1. A importância da programação visual
A programação visual é muito importante, pois através dela podemos ter um
jornal mais organizado e agradável de se ler. A utilização do BrOffice.org permite
diversificar a “cara” do jornal da escola.( veja cd tutorial)

Orientações para a programação visual
1.1 Evite títulos longos na vertical. Eles dificultam a leitura.
Entretanto, você pode enriquecer a página colocando uma
palavra ou um título curto verticalmente.
1.2. O uso do cinza em materiais em preto e branco é essencial.
Ele pode ser usado em títulos, em retículas de texto, assim
como em elementos menores como as capitulares.

1.3.Um conceito que deve sempre estar presente é o contraste. Uma página sem
contraste é uma página morta, sem vida. Você pode contrastar tamanhos de
letras, de imagens, colocar um título maior ao lado de outros menores.
Experimente valorizar um elemento por página, aumentando-o, dando mais força
(como os títulos em negrito), inclinando-o e você verá que isso faz a diferença
1.4 .Não use fundo preto com letras brancas; a qualidade de impressão
dos jornais escolares não garante um bom resultado
1.5 .Não abuse das letras capitulares. Deve-se limitar o seu uso a
uma matéria por página, geralmente a mais importante ou com
tratamento de manchete.
1.6.Fios e molduras podem valorizar muito uma página, organizando
dados num quadro, emoldurando informações, sublinhando passagens
importantes do texto ou simplesmente embelezando o material.
No entanto, não use mais de 2 molduras na mesma página, pois caso contrário
se anula o efeito visual procurado.
1.7.Escolha dois ou, no máximo, três tipos de fontes diferentes para todo o
jornal para ele não virar um Carnaval . O ideal é pensar da seguinte forma:
uma fonte para os títulos de matérias, títulos de quadros e textos curtos
destacados como as citações (tipo Arial, Helvética, Futura) e uma fonte para
textos em geral (Times New Roman, Bauer Bodoni, Garamond).


1.8. Escolha dois ou, no máximo, três tipos de fontes diferentes para todo o
jornal para ele não virar um Carnaval . O ideal é pensar da seguinte forma:
uma fonte para os títulos de matérias, títulos de quadros e textos curtos
destacados como as citações (tipo Arial, Helvética, Futura) e uma fonte para
textos em geral (Times New Roman, Bauer Bodoni, Garamond).

1.9 .Evite usar fontes muito enfeitadas para títulos e principalmente para textos. Além de dificultar a leitura, essas fontes podem "poluir" seu jornal. Lembre-se: não é proibido o seu uso, mas é preciso cuidado. Você pode usar uma fonte diferente, por exemplo, no nome do seu jornal, no cabeçalho da capa, em nomes curtos de sessões.

1.10.Evite usar a marca d'água (o efeito onde uma imagem - foto ou desenho mais
claro - fica por baixo do texto). Sua utilização gera dificuldade na leitura, já que o
leitor é obrigado a dividir sua atenção entre o texto e a imagem.
1.11. Um jornal com muito texto cansa o leitor, por isso não queira fazer milagre
colocando toda a informação disponível numa só página. Nossos olhos também
precisam "respirar". Selecione tudo o que você tem e distribua de forma ordenada,
respeitando o limite da página e deixando espaços em branco entre os textos e os
outros elementos da página (geralmente de um centímetro a um centímetro e meio).
Lembre-se: os espaços em branco são como o oxigênio que precisamos para
respirar, eles aliviam a página deixando a leitura mais agradável e organizada.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Integração: Projovem Participa de Projeto interdisciplinar.

Nós da equipe Herondina/ Dois de dezembro, estamos engajados de maneira atuante dentro do projeto Criança Esperança de um Brasil Melhor, o mesmo envolve todas que fazem EMEIF Herondina Lima Cavalcante nos seus três turnos. Nossa equipe sempre foi prestigiada e respeitada dentro da referida escola por isso, não podíamos ficar de fora.

O Projovem ficou com o sub-tema “O jovem e a qualificação profissional”, dentro da temática do projeto. Esse projeto está a nível de Ministério Público e Regional I, dentro de uma abordagem onde o cidadão tem o direito de viver em condições dignas. Promovendo a campanha ESMOLA, NÃO!

A comunidade escolar Herondina Cavalcante promove desde o dia 29/11 até 4/12 trabalhos internos relacionados ao tema, tudo voltado para a ampliação da consciência do papel da criança em nossa sociedade.

O grande dia da “Chamada da Consciência” será dia 4/12, das 08h ao 12h onde haverá uma mobilização geral com a presença de diversos profissionais e prestação de serviços. Nós estaremos nesta mobilização.

Na oportunidade convidamos à todos.

Grato,

Equipe Herondina/ Dois de Dezembro.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Alimentando o debate - Violência de classe e gênero

Violência de classe e gênero


Iolanda Toshie Ide *

Quando se exige medidas eficientes como caminho para a superação da violência contra mulheres, não se confunda com a busca da pena de morte e a diminuição da idade de responsabilidade penal. Geralmente, é preconceito de classe. Vejamos.

O assassinato de Liana Friedenbach, menina rica, cujo pai a procurou até de helicóptero, mereceu passeata reivindicando pena de morte para os assassinos. O mesmo não assistimos quando se tratou de Jorge, suposto autor do homicídio dos pais (crime da rua Cuba). Também não se pediu pena de morte para Suzane Richthofen acusada de planejar o assassinato dos próprios pais.

Jorge e Suzane são ricos, um dos supostos assassinos de Liana tem apenas 16 anos e é pobre. O rabino Henry Sobel e o pai de Liana pediram pena de morte e modificação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para que o rapaz seja processado. Houve quem participasse da manifestação exibindo faixas com esses propósitos.

Até agora, o goleiro Bruno e o advogado e ex-policial Misael, ricos, assassinos respectivamente de Selma Samúdio e de Mércia Nakashima, não foram alvo de pedidos de pena de morte, afinal são de outra classe. Houve até tentativas de culpabilizar uma das vítimas. Quando a vítima é pobre, pode ser transformada em ré.

25 de novembro, Dia Latinoamericano e Caribenho de Combate à Violência contra Mulheres, deve merecer muita reflexão que redundem em medidas concretas para que a legislação finalmente seja cumprida e se deixe de naturalizar esse tipo de violência.

A Lei Maria da Penha veio também para desnaturalizar a violência sexista, trouxe a novidade das medidas protetivas e tipifica a violência contra mulheres como crime.

Na prática, porém, mesmo após denúncias, boletins de ocorrências lavrados e solicitações de medidas protetivas, seguem ocorrendo feminicídios como o da cabeleireira cuja câmera filmou o próprio assassinato, o de Eliza Salmúdio e Mércia Nakashima, entre outros tantos.

São lembradas as assassinadas Leila Diniz, Eliene de Grammont, Sandra Gomide,... E as outras dezenas de milhares de assassinadas? Merecem o silêncio porque são pobres? Segundo o Mapa da Violência 2010, estudo dos homicídios feito com base nos dados do SUS, em dez anos (de 1997 a 2007), 41.532 mulheres (meninas e adultas) foram assassinadas.

Urge superar esse quadro, mas não defendemos a pena de morte. Queremos a aplicação da Lei Maria da Penha.

Viver sem violência é um direito nosso!


* Presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulheres de Lins (SP) e Professora aposentada da UNESP e Militante da Marcha Mundial de Mulheres (MMM)
fonte:http://www.adital.com.br/site/noticia.asp

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mobilização Mostra Retratos da Cidade


Os núcleos estão se mobilizando para a 1ª Mostra Retratos da Cidade. O núcleo Vicente Fialho já iniciou a produção das maquetes e muito mais ainda está por vir!
Muito bom ver o envolvimento de jovens e educadores nestas atividades!

Mais atitude! Meio Ambiente *

Hoje em dia falar do meio ambiente é uma coisa muito comum, pois só o que vemos são pessoas criando maneiras para diminuir as queimadas, a falta de água e a preservação dos animais. Mas só ideias sem resultados não adiantam nada. As pessoas falam em preservar o meio ambiente, mas poucas são as que fazem isso no dia a dia. Não jogar lixo nas ruas é uma das maneiras que devíamos adotar, mas as pessoas não ligam para isso. Tem até pessoas que dizem que aquecimento global não existe, que isso é mentira. Aquecimento global existe sim e está presente no nosso cotidiano, pois o sol está tão quente que temos que sair de casa com protetor solar. Isso é só o começo se não começarmos de hoje a mudar essa situação. Temos que fazer nossa parte hoje para que no futuro não nos arrependamos por ser tarde demais.

Egberto Gomes da Silva


*Texto produzido pelo jovem do Núcleo Lenira Magalhães publicado na última edição do jornal

Projovem e o Dia Mundial de Combate à AIDS




Olá!
Para discutir a questão da AIDS, foi sugerido alguns materiais, dentre eles destacamos um trecho que está na cartilha indicada pela formadora Irenice.

Trabalhar pela Prevenção das DST/HIV/Aids
As DST são transmitidas de um corpo ao outro pelo contato sexual, pelos líquidos
vaginais e pelo esperma trocados durante as relações sexuais. Essa também é a principal
via de transmissão do vírus da aids, chamado de vírus da imunodeficiência humana
e mais conhecido pela sigla HIV. A aids também pode ser contraída pelo sangue (por
meio de seringas e agulhas contaminadas), do leite materno contaminado e da mãe
para o bebê durante a gravidez.
Assim, trabalhar pela prevenção das DST/HIV/aids é trabalhar para que as pessoas
possam se proteger durante as relações sexuais, utilizando o preservativo. É trabalhar
para que usem seringas descartáveis e tenham os cuidados necessários na hora da
gravidez, do parto e da amamentação.
Mas hoje sabemos também que para realizar a prevenção precisamos trabalhar
pela promoção da saúde, pelo aumento da capacidade das pessoas, dos grupos e da
comunidade em geral de se proteger e trabalhar pelo enfrentamento coletivo dos
problemas sociais que afetam a nossa saúde.
Esse trabalho enfrenta muitos desafios nas comunidades populares. Por isso, é
importante reconhecer uma série de fatores que funcionam como barreiras para que
a prevenção não se concretize.

Planejamento Polo 3

Olá a todos!

No planejamento educadores, formadores e direção de Pólo organizaram-se para que fosse realizada a discussão da agenda social do Projovem. Os educadores foram divididos em grupos orientados pelos educadores que participaram do pré-planejamento, formadores e o Pólo.


1-Ser jovem - Aprendendo e Trabalhando - Carla e Daniele

2- Ser jovem é ser consumidor? Renata e Sergio Barros

3- Africanidades -Jacqueline, Sergio , Carol e Geranildes

4- Direitos Humanos - Abel e Ludmila

5- Violência contra a mulher – Débora e Josi

Combate à AIDS – Janaína, Adriana, Eciângela e Marta

Cada grupo, orientado por educadores que estiveram no pré , discutiram os principais elementos de cada temática e sugeriram uma atividade, produzindo uma seqüência didática.


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um Sonho Possível - Trailer

A professora Eciangela sugeriu um filme para ser trabalhado com os jovens. Segue a sinopse:

Em 'Um Sonho Possível', o adolescente Michael Oher (QUINTON AARON) sobrevive sozinho, vivendo como um sem-teto, quando é encontrado na rua por Leigh Anne Tuohy (SANDRA BULLOCK). Tomando conhecimento de que o garoto é colega de turma de sua filha, Leigh Anne insiste que Michael — que veste apenas bermuda e camiseta em pleno inverno — deixe-a resgatá-lo do frio. Sem hesitar por um momento sequer, ela o convida a passar a noite em sua casa. O que começa com um gesto de bondade evolui para algo maior, pois Michael passa a fazer parte da família Tuohy, apesar de terem origens bem diferentes.

Vivendo no novo ambiente, o adolescente tem de encarar outros desafios. E à medida que a família ajuda Michael a desenvolver todo o seu potencial, tanto no campo de futebol americano quanto fora dele, a presença de Michael na vida da família Tuohy conduz todos por uma jornada de autodescoberta.

Fortaleza comemora o Dia da Consciência Negra com atividades ao longo do mês


Fortaleza comemora o Dia da Consciência Negra 09/11/2010
Show de Jorge Aragão, oficinas, apresentações culturais e seminário integram a programação do evento.

[Consciência Negra 2010]
Ele vem com um batuque pesado, cantando, entre outras, “Identidade”, pra lembrar aos cearenses suas origens: “Somos herança da memória / Temos a cor da noite / Filhos de todo açoite / Fato real de nossa história / Se preto de alma branca pra você / É o exemplo da dignidade / Não nos ajuda, só nos faz sofrer / Nem resgata nossa identidade”. Jorge Aragão, um dos artistas mais atuantes na causa do movimento negro, é a grande atração do “Consciência Negra 2010 – A Revolta da Chibata”. O ponto alto do evento será no dia 20, a partir das 18h, na Praça do Ferreira.

A comemoração, promovida pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza (SDH) e da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), vem para criar uma nova consciência étnica e cultural no fortalezense: a Terra da Luz é negra, assim como também são negras nossas origens e heranças genéticas e culturais, mas dados do IBGE, que considera como negros a soma de pretos e pardos, dão conta de que apenas 4,10% da população cearense assumem-se como tal, quando 61,6% são negros.

A controvérsia não seria tanta se o Ceará não fosse pioneiro na luta pelos direitos dos negros, ao se destacar como o berço do jangadeiro Francisco José do Nascimento (Chico da Matilde), popularmente conhecido como Dragão do Mar, que, em 1881, se recusou a fazer o transporte de escravos para navios negreiros que negociavam no Sul do País; e como o primeiro Estado brasileiro a abolir a escravatura, em 25 de março de 1884, onde hoje é a cidade de Redenção. A decisão foi seguida por outras províncias, como o Amazonas, e levou muitos escravos fugidos a buscar refúgio aqui. Tais movimentos levaram o abolicionista José do Patrocínio a dar ao Ceará o título de Terra da Luz.

É pela celebração das conquistas e pela convicção de que há muito por ser feito, que a Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Coppir, promove o Dia da Consciência Negra, que em Fortaleza ganha comemorações durante todo o mês de novembro. Concebendo a luta pela igualdade racial como luta pelos direitos humanos, a Coordenadoria da Igualdade Racial (Coppir), da Secretaria de Direito Humanos de Fortaleza (SDH), transversaliza a política de promoção da igualdade racial por todas as secretarias municipais e estabelece uma relação direta com a população negra de Fortaleza, com vistas a gerar programas, projetos e ações capazes de promover qualidade de vida, afirmação da autoestima e criação de novos referenciais para a raça negra.

O tema do evento este ano, “A Revolta da Chibata”, é uma homenagem aos marinheiros, na sua maioria negros, que se insurgiram contra os açoites que lhes eram impostos como castigo na Marinha do Brasil. Prática comum, os castigos à base da fome e das chibatadas, aplicadas para todos verem, serviam como medida disciplinar.

Programação

A atração principal do evento “Consciência Negra 2010 – A Revolta da Chibata”, Jorge Aragão, é um dos fenômenos da indústria fonográfica no Brasil. Com 20 álbuns lançados e mais de 30 anos de estrada, o "poeta do samba" explodiu há tempo nas vozes dos maiores intérpretes da MPB: Elza Soares, Beth Carvalho, Alcione, Leci Brandão, Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho, Dona Ivone Lara, Negritude Jr., ExaltaSamba, Art Popular, Elba Ramalho e Jair Rodrigues são apenas alguns que deram voz às suas composições, que, aliás, são memoráveis: "Malandro", "Coisinha do pai", "Vou festejar", "Enredo do meu samba", "Eu e você sempre", "Coisa de Pele".

Um dos fundadores do Grupo Fundo de Quintal, Jorge Aragão é dono de harmonias sofisticadas que sempre se fundem com a tonalidade popular e revelam sua integridade, seu talento, compromisso e amor à musicalidade plural do Brasil. Além do show de Jorge Aragão, o dia 20 será celebrado por vários grupos que reverenciam a ancestralidade negra: Afoxé Oxum Odolá, com o espetáculo Dança dos Orixás; a Caravana Cultural, com apresentações de tambor de crioula e jongo; o grupo PR, com apresentações de rap; e o grupo de reggae Dona Leda.

Para além do dia 20, a Coppir programou uma série de atividades, fazendo a política de promoção da igualdade racial se afirmar e se espraiar nas diversas ações e equipamentos da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Assim, as programações culturais do Passeio Público, do Mercado dos Pinhões e da Biblioteca Pública Municipal Dolor Barreira também estão dedicadas ao tema. Outra importante ação da Coppir é a realização do “II Seminário A Economia do Negro no Brasil”, que acontece nos dias 26 e 27, e pretende debater políticas para a construção de uma economia étnico-racial com servidores públicos municipais e integrantes do movimento negro.

O evento “Consciência Negra 2010 - A Revolta da Chibata”, portanto, objetiva criar mecanismos sociais, políticos e culturais de visibilidade para as questões prioritárias para os negros em Fortaleza; que contribuam com a implementação de uma política afirmativa e com a construção de um país mais justo, democrático, igualitário, aberto à pluralidade e ao reconhecimento da diversidade.

Confira a programação completa:
http://www.fortaleza.ce.gov.br/sdh/index.php?option=com_content&task=view&id=97

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Festa de formatura dos Núcleos Vicente Fialho e Papa João XXIII













festa de formatura dos Núcleos Vicente Fialho e Papa João XXIII que foi realizada no Buffet Pietro.

Valeu a pena?
Valeu a pena? Sim, valeram a pena os dias de angústia, de cansaço, de tédio e exaustão. Valeram a pena todos os passos pelo caminho traçado. Valeu a pena cada momento vivido nessa louca correria em busca de um objetivo em comum. Não podemos esquecer que, embora a alegria do presente exista, o futuro reserva outras a mais. Se antes a força do conjunto amparava as quedas, hoje estão preparados para agüentar as tramas da vida. Deixar para trás momentos plenos de união e companheirismo é doloroso, mas não podemos nos estagnar no tempo. É necessário seguir em frente, buscar nossos objetivos com muito esmero e dedicação, para encontrar o novo.
A amizade desses 18 meses, assim como o respeito e as boas lembranças jamais serão esquecidas. O tempo não pára e precisamos dar continuidade à vida. Nossos meninos agora estão diante do seu próprio tempo e suas escolhas hoje refletirão o amanhã.
Esta noite é especial para todos nós, professores, alunos,pais e amigos. Esta é a noite em que confirmamos que o esforço feito em prol de uma boa educação para nossos meninos valera realmente cada gota de suor, cada lágrima, cada sorriso na construção do caráter de cada um desses alunos da maior escola de todas, a vida.
O momento da formatura não é somente uma festa em homenagem a primeira de muitas conquistas, mas também marca um rito de passagem, quando a criança toma consciência do que é o estar no mundo e se prepara para a interação com ele.
Este é um dia especial para todos nós pela alegria desta etapa concluída com êxito, da perspectiva para o caminho vindouro. Não chegaram ainda ao fim, pois a jornada é longa, mas temos a certeza de que o caminho futuro reserva gratas surpresas.
Por isso afirmo a vocês: sim, valeu muito a pena!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Formatura 2ª entrada : Ontem, hoje e amanhã

Fortaleza, 21 de Outubro, Ginásio Paulo Sarasate. Jovens, professores, Pólos e Coordenação Municipal, todos personagens importantes na cerimônia de formatura do jovens do Projovem Urbano - 2ª entrada. Com o tema ontem, hoje e amanhã celebramos as conquistas dos jovens que conseguiram continuar no Projovem mesmo com todas as dificuldades.
A alegria foi a marca desta festa que contou a apresentações dos jovens, dos educadores e de uma banda que animou a galera! Parabéns a todos que fazem do Projovem um Programa capaz de mexer com a vida das pessoas e apresentar-lhes um novo universo a ser descoberto!
Eis algumas fotos que conseguimos, quem tiver mais , pode nos enviar e postaremos aqui no blog.


Gincanas de Meio Ambiente: Núcleos José Carlos e Herondina





Os jovens e educadores do Projovem Urbano, Núcleos José Carlos Ribeiro e Herondina Cavalcante realizaram suas gincanas com o tema: Meio ambiente, tecnologia e hábitos culturais.
As tarefas iam desde prepar acrósticos e paródias a apresentação artística e recolhimento de pilhas e baterias.
Os núcleos ainda promoveram a integraçao entre si através da apresentação dos alunos do Herondina no José Carlos. Cada escola teve a turma "campeã" , mas quem ganhou mesmo foi o meio ambiente e humanidade!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Jovens realizam visita à Estação de Tratamento da CAGECE


Na última sexta-feira (08/10), os alunos do Hilberto Silva fizeram uma visita à Estação de Esgoto e de Tratamento de Água (ETA-Gavião) da CAGECE. A Companhia disponibilizou camisetas, kit e bonés para todos os alunos (40) que participaram da visita.

Participaram como guias as colaboradoras da Cagece, Josiane e Cíntia, que distribuíram os kits, os lanches e apresentaram os locais aos alunos; e os professores da educação básica.

A Estação de Esgoto fica na Leste-Oeste, onde os alunos foram guiados pelo Mário, que foi explicando como era todo o trajeto dos dejetos e de que forma era tratada a água para retorno aos oceanos.

Foram feitas muitas perguntas pelos estudantes, muito curiosos e preocupados com a questão da poluição. Ficou bem entendido que, a água, depois de tratada, é levada para o oceano a uma distância de 5 km (cinco quilômetros) da costa, onde são realizadas experiências e análise da água e do ecossistema no local, em parceria com o LABOMAR, para verificação das condições ideais da água e a garantia da não-poluição dos oceanos e das praias.

Na ETA-Gavião, os alunos foram guiados pela muito simpática Lili, que explicou com clareza todo o processo de tratamento da água, desde o momento em que é coletada do açude, passando pelos estágios de coagulação, floculação e aplicação de flúor. Foram vistas as galerias onde a água é armazenada.

Por fim, os alunos viram o laboratório de análise da água, que é realizada a cada duas horas, de verificação das condições necessárias para que esteja potável, em perfeito estado para o consumo humano.

A visita finalizou às 17h e os alunos chegaram ao núcleo por volta das 18h30.

Agradecemos à CAGECE a disponibilidade e a cordialidade da visita.

Até a próxima.

Núcleo Hilberto Silva

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ambiente-se! Projeto Meio Ambiente - Papa João XXIII


Os jovens do Núcleo Papa João XXIII realizaram a culminância do Projeto MEU, SEU, NOSSO AMBIENTE! Foi uma noite bastante agradável em que as equipes AMBIENTE INTEIRO, MEIO A MEIO E AMBICONSCIENTE apresentaram sugestões de melhorias ambientais para as Comunidades do bairro através de uma gincana com música, dança e muita descontração. Houve também a realização de um quizz cultural cuja temática foi sobre o TEMPO DE DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS NA NATUREZA. A palestra ficou por conta dos profissionais da ASCOPA-CE ( Associação Complexo Parreão), conscientizando os jovens sobre a necessidade de conviver em harmonia em um ambiente limpo e saudável. E o melhor é que, esse exemplo de civilidade e cidadania, aconteceu ao ar limpo e livre. Portanto, ambiente-se!

Equipe de professores do Núcleo Papa João XXIII.

Lazer, trabalho e qualidade de vida



Christianne Luce Gomes Werneck*

O significado de lazer como o inverso das obrigações de diferentes naturezas, principalmente das obrigações do trabalho, vem predominando em nosso contexto. Freqüentemente, entende-se o lazer como tempo de "não-trabalho", tempo "livre" ou "desocupado"; tempo dedicado à diversão, à recuperação de energias, à fuga das tensões e ao esquecimento dos problemas que permeiam a nossa vida cotidiana.

Constituindo um momento propício para gozar a vida, difunde-se a idéia de que o lazer é capaz de proporcionar tudo aquilo de que somos privados não somente no trabalho, mas em todas as dimensões de nosso viver: o prazer, a liberdade, a alegria, a autonomia, a criatividade e a realização. Contudo, o lazer fracassa juntamente com as nossas insatisfações, pois não representa um fato isolado da dinâmica social mais ampla, refletindo as contradições e as múltiplas formas de alienação e de marginalização presentes em nosso meio.

Nesse sentido, para compreender porque o lazer vem sendo concebido como um tempo oposto ao trabalho, capaz de resolver ou atenuar as mazelas da sociedade, é essencial analisar o seu processo de constituição histórica no mundo ocidental, sempre concebido em função de determinados interesses hegemônicos.

1 O ponto de partida desta história: lazer e trabalho na Antigüidade clássica

As noções de lazer e de trabalho, bem como todo o saber produzido no mundo ocidental, tem suas raízes primeiras na Antigüidade clássica. Esse contexto histórico é marcado pelo apogeu urbano, intelectual e artístico de Atenas, centro para onde convergiam produtos e idéias do mundo inteiro e de onde partiam, em todas as direções, os princípios básicos de todo o conhecimento construído no Ocidente.

Os gregos relacionavam o lazer com o ócio – desprendimento das tarefas servis –, condição propícia à contemplação, à reflexão e à sabedoria. No entanto, apesar de assumir caráter contemplativo e reflexivo, o lazer não significava passividade. Ao contrário, representava um exercício em forma elevada, atribuído à alma racional: os tesouros do espírito eram frutos do ócio. Como lembram Carlton Yoshioka e Steve Simpson (1989), o lazer (skhole) era o inverso de ocupação (ascholia), de recreação (anapansis) e de divertimento (paidéia). Recreação e divertimento consistiam intervalos entre ocupações, sendo relegados às crianças.

Estudos de Hannah Arendt (1993) revelam que a palavra grega skhole, assim como a latina otium, significam toda e qualquer isenção da atividade política e não simplesmente lazer, embora ambas sejam também utilizadas para indicar cessação de trabalho. Entretanto, skhole não resultava da existência de um "tempo de folga" conquistado sobre o trabalho, mas era a possibilidade de abstenção consciente das atividades ligadas à mera subsistência.

Nesse entendimento, não era qualquer pessoa que poderia gozar do lazer, porque isso implicava, necessariamente, as condições de paz, de prosperidade e de liberdade em face das tarefas servis e das necessidades da vida de trabalho. Como dependia de certas condições políticas e socioeconômicas, o lazer representava um privilégio reservado unicamente aos filósofos.

Nesse sentido, para saber compreender o lazer é preciso aprender e desenvolver certas habilidades que tenham por fim o próprio indivíduo que goza desse repouso. Por essa razão, as classes que se dedicam à "vida ativa" – artesãos, lavradores e guerreiros – deveriam estar em condições de produzir e de fazer a guerra mas, para Aristóteles, valia muito mais gozar da paz e do repouso proporcionados pelo lazer.

Para compreender o significado da expressão "vida ativa" em Aristóteles, busco auxílio nas análises realizadas por Hannah Arendt (1993). Segundo as considerações dessa autora, a expressão vita activa designa três atividades humanas fundamentais: o labor (labor), o trabalho (poiesis) e a ação (praxis). O labor é a atividade que corresponde ao processo biológico do corpo humano; relaciona-se às necessidades vitais produzidas e introduzidas no decorrer da existência. Com isso, a condição humana do labor é a própria vida. Ele assegura não apenas a sobrevivência do indivíduo, mas a perpetuação da espécie.

O trabalho, por sua vez, é a atividade correspondente ao artificialismo da existência humana, traduz o fazer, o fabricar, o criar pela arte. É obra do homo faber, ser humano que maneja instrumentos, capaz de produzir um mundo "artificial" de coisas, nitidamente distinto de qualquer ambiente natural. O trabalho e o seu produto – o artefato humano – emprestam determinada permanência e durabilidade à futilidade da vida e ao caráter efêmero do tempo humano. Dessa forma, a condição humana do trabalho é a mundanidade.

A ação corresponde à condição humana da pluralidade e é a única atividade que se exerce diretamente entre os homens sem a mediação dos objetos ou da matéria. O recurso utilizado pelo ser humano é o discurso, a palavra: trata-se da ação no campo ético e político.

Com isso, o lazer era o inverso de vita activa – que engloba tanto o labor, como o trabalho ou a ação – sendo então associado ao que Aristóteles entende por vita contemplativa, exercício nobre ao qual somente poucos poderiam se entregar. Além disso, é importante ressaltar o caráter a-político e a-histórico assumido pelo lazer, uma vez que, para gozá-lo, era fundamental abster-se do trabalho útil ou produtivo e cessar toda a vida política concretizada nas delimitações do espaço público da polis, buscando o recolhimento privado, base do repouso filosófico.

As considerações aristotélicas influenciaram sobremaneira a constituição do pensamento ocidental, sobretudo no que se refere ao entendimento de lazer como algo que está atrelado ao trabalho, assumindo contraditórias relações. A verdadeira relação que caracteriza a categoria trabalho-lazer na Antigüidade clássica, sobretudo considerando o esplendor grego, é a dialética necessidade-liberdade pois, como nos diz Hannah Arendt (1993), o desejo de libertação das fadigas e penas do trabalho é tão antigo quanto a história de que se tem registro.

Entretanto, não foi essa a idéia difundida após o declínio da civilização helênica, que ocorreu paralelamente à ascensão romana. Embora bastante influenciada pela cultura grega, Roma foi palco para a constituição de novos valores, principalmente no que se refere à propagação do cristianismo.

Ao aceitar adeptos de todas as classes sociais, conceder alguns direitos às mulheres e ao enunciar uma preocupação com a salvação após a morte, o cristianismo possibilitou novos significados ao trabalho e ao lazer, que passam a corresponder às perspectivas cristãs. Que novos contornos foram, então, delineados para o lazer e para o trabalho no contexto medieval?

2 Incorporando novos valores no período medieval

Com a difusão do cristianismo, surge um novo elemento que passa a definir outros sentidos às concepções de lazer e também de trabalho: Deus. Com isso homem e mundo, lazer e trabalho passaram a ser concebidos como criação divina e o homem, dotado de razão, sentimentos e emoção, passa a ser um portador de livre-arbítrio, devendo encaminhar sua vida de acordo com um código moral revelado por Deus.

Esse código moral era, ao mesmo tempo, baseado na condenação do lazer – uma vez que ele representava um perigo à purificação da alma – e na ênfase à noção aristotélica de ócio como contemplação, vida dedicada aos deleites do espírito de forma restrita, vigiada e extremamente controlada. No caso do trabalho, a origem dessa palavra (do latim tripalium) expressa a idéia de padecimento e cativeiro.

Revestido da dimensão religiosa, o trabalho manteve a conotação de algo penoso, um verdadeiro castigo para o ser humano. Tal sentido pode ser encontrado no Antigo Testamento, onde o trabalho é associado a tudo aquilo que é desagradável, por ser uma punição de Deus ao pecado original. Assim está escrito no livro do Gênesis, em seu terceiro capítulo, versículo 19: "No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra".

Nesses termos, era imprescindível que o ser humano aceitasse sua condição de pecador dedicando-se, sem questionamentos, ao árduo trabalho. Em contrapartida, seus momentos de repouso deveriam ser orientados para a busca da paz e da purificação do espírito, evitando todo o tipo de tentação causada pelos prazeres da carne. Somente dessa forma seria possível alcançar um lugar entre os "eleitos" de Deus.

O lazer, também restrito a alguns privilegiados nesse contexto histórico, só poderia ser vivenciado se contribuísse para elevar a alma à Deus, impregnando valores morais considerados essenciais para o mundo do trabalho, para a estruturação da família nos moldes cristãos e, sobretudo, para a manutenção da Igreja católica como corporação universal, como salientam os estudos realizados por Eustáquia Salvadora de Sousa (1994).

Com ênfase no aspecto moral, o trabalho era visto como um dever, como um modo de servir a Deus. Segundo esse pensamento, como o destino e a vocação de cada um é previamente definido por Deus, qualquer profissão deveria ser uma forma de o homem mostrar, por meio dos êxitos alcançados em seu ofício, que é um eleito do Senhor. Por esse motivo, todos deveriam entregar-se inteiramente ao trabalho, evitando o consumo supérfluo e a riqueza, uma vez que consistiam tentações para a vadiagem e o relaxamento.

Embora as condições de vida dos servos e camponeses medievais fossem muito superiores às dos escravos romanos, eram ainda muito precárias, marcadas pela fome, pela miséria e por pesados trabalhos: condição necessária à eterna salvação. Além disso, todas as ocasiões festivas realizadas nesse período tinham um fim religioso, o que propiciava a incorporação de determinados sentidos, que objetivavam a manutenção da ordem social vigente.

Assim sendo, trabalho e lazer foram utilizados como eficiente mecanismo de controle moral e social, colocado a serviço de determinados interesses. Mas esse revestimento cristão que manipulou o trabalho e o lazer continuou se perpetuando no decorrer da Modernidade, ou cedeu lugar a novos princípios?

3 A Modernidade: palco de mudanças históricas para o trabalho e o lazer

Segundo Marilena Chauí (1986), é difícil precisar, cronologicamente, quando se inicia a Modernidade. Apesar dessa dificuldade, muitos historiadores designam o Renascimento como um período de transição entre as Idades Medieval e Moderna, fase marcada por crises de diversas naturezas. Alguns historiadores, contudo, preferem considerar o início da Modernidade no período conhecido como "Século de Ferro" (1550 a 1660), baseando-se nas grandes transformações econômicas, políticas e sociais decorrentes da implantação do capitalismo na Europa.

Para ser compreendido em suas diferentes dimensões, é preciso que o capitalismo não seja reduzido à economia de mercado, pois a relação fundante desse sistema é social – embora nem sempre ela apareça como tal. Nesse sentido, o capitalismo é um sistema histórico-social que tem uma identidade própria, baseada na relação dialética entre a burguesia e o proletariado.

Allain Touraine (1994) afirma que o ideal capitalista é sacrificar tudo em nome do trabalho, mas isso não assegura a salvação, e sim o acúmulo de riqueza para os detentores do capital. Dessa forma, os pilares do capitalismo são sustentados pela exploração da mão-de-obra assalariada, que não tem outro recurso que não seja vender, em troca de um salário, a sua própria força de trabalho.

Apesar de o capitalismo não ser um sistema rígido, uma vez que se vem perpetuando graças à sua grande capacidade de adaptação e flexibilidade, a história construída em nossa sociedade revela a sua "fratura exposta": a exploração proveniente da Revolução Industrial.

Mesmo havendo uma divergência de opiniões, pode-se afirmar que a Revolução Industrial ocorreu na segunda metade do século XVIII na Grã-Bretanha, sobretudo na Inglaterra, com os aperfeiçoamentos da máquina a vapor, principalmente na produção têxtil e metalúrgica. A Revolução Industrial caracteriza-se pela riqueza de seus inventos e é traduzida como a combinação entre técnica e ciência. A partir daí, veio atingindo toda a Europa e o resto do mundo.

Além da Revolução Industrial, a Revolução Francesa também foi responsável pelo estabelecimento de uma nova ordem política e social na moderna sociedade européia. Essas revoluções foram marcantes para a consolidação do capitalismo e encerraram um golpe mortal no feudalismo. A burguesia, classe média em ascensão, já detinha o poder econômico. Faltava-lhe, contudo, o poder político. Foi assim que a Revolução Francesa, escoltada pelos princípios "igualdade, liberdade e fraternidade", provocou o estabelecimento da moderna sociedade burguesa e favoreceu a expansão do capitalismo na Europa.

Assim sendo, o fim do século XVIII, na Europa, é um dos grandes momentos revolucionários de nossa história. Ele configurou a sociedade, a política, a economia, o trabalho, o lazer e o próprio homem, devido às transformações geradas com a implantação do modo de produção capitalista.

A ideologia predominante na prática social capitalista supervaloriza o trabalho, pois ele define as identidades e os papéis assumidos na sociedade, sendo o denominador comum das pessoas. Além disso, ele é a possibilidade de manutenção da riqueza e também da produção de excedente para aqueles que detêm o capital.

No histórico conflito travado entre capital e trabalho assalariado, socialmente gerado nas sociedades capitalistas, os protagonistas dessa situação assumem posições antagônicas por terem interesses distintos e contraditórios. Enquanto a classe detentora do capital objetiva, sobretudo, a acumulação de mais riqueza, a manutenção de seus privilégios – dentre os quais o lazer – e a concentração do poder em suas mãos, a classe operária clama, incessantemente, por melhores condições de vida e de trabalho, com salários dignos, distribuição de renda justa, redução da jornada de trabalho, mais segurança na prática de seus ofícios e oportunidade de emprego para todos.

Nesse contexto emerge o lazer, enquanto fenômeno histórico-social intimamente relacionado às questões que envolvem o trabalho e a vida como um todo. Ao contrário do sentido grego de skhole, o lazer da forma como conhecemos hoje foi fruto de reivindicações sociais, resultante da existência de um "tempo de folga" conquistado sobre o trabalho.

Entretanto, nem todo tempo de folga, supostamente "livre" das obrigações, pode ser considerado tempo de lazer, principalmente se assumir como funções básicas a compensação de frustrações, a recuperação de energias para o exercício laboral ou a fuga dos problemas, o que seria apenas uma maneira alienada de contribuir com a manutenção da estrutura social vigente, desprovida de crítica ou reflexão.

Apesar do pessimismo que engendra a obra O trabalho em migalhas, de Georges Friedmann (1983), esse autor nos esclarece que os trabalhadores assalariados buscavam, diante das condições experimentadas em conseqüência do trabalho capitalista alienante, reconquistar no lazer tudo aquilo de que vinham sendo privados: a iniciativa, a responsabilidade, a criatividade e a realização.

Assim sendo, o lazer parece estar restrito à compensação da insatisfação e da alienação causadas pelo trabalho, à recuperação psicossomática do trabalhador e à possibilidade ingênua de realização humana, desvinculada das questões mais amplas que constituem a dinâmica social, como indicam ponderações de Nelson Carvalho Marcellino (1987).

Enquanto prática social vinculada ao moderno mundo do trabalho, o lazer assume como funções básicas, dentre outras, a compensação das frustrações experimentadas, a recuperação de energias exigidas para o exercício laboral, bem como a possibilidade de consumo de bens e serviços. Dessa forma, percebo que essas duas esferas não são opostas, mas complementares: mais uma vez, o lazer se torna "útil" aos interesses – sociais, políticos e econômicos – que permeiam não somente o trabalho, mas a vida como um todo.

Além disso, como a lógica da produtividade foi por nós incorporada, nem sempre estamos preparados para a vivência crítica e criativa do lazer, uma vez que este carrega valores preconceituosos, tais como inutilidade, falta de seriedade, descompromisso, preguiça, vagabundagem. Por essa razão, até mesmo o lazer precisa ser ocupado por atividades brincantes. Freqüentemente, nos sentimos constrangidos se, por opção, nos permitimos gozar desse momento da forma como quisermos, recusando-nos a ser mais uma peça na engrenagem socioeconômica que visa basicamente a produção e o consumo conformista de bens e serviços.

Por outro lado, seguindo a perspectiva gramsciana, Marcellino (1987) destaca a oportunidade de o lazer atuar como alavanca de transformação social, pois é um fenômeno gerado historicamente, do qual podem emergir valores questionadores da sociedade. A admissão da importância do lazer na vida moderna significa, pois, considerá-lo como um espaço privilegiado para a vivência de valores que possam contribuir, enquanto resistência, para mudanças de ordem moral e cultural, imprescindíveis à construção de uma outra realidade social, mais justa e humanizada.

Concluindo, este estudo mostrou que o entendimento de lazer vem sendo, historicamente, atrelado à noção de trabalho, nem sempre assumindo caráter de oposição. Essa relação dialética demanda, pois, repensar os vínculos constituídos entre esses dois fenômenos, pois ambos são importantes para a realização humana.

Considerando o quadro social em que vivemos atualmente, a maioria das pessoas se vê obrigada a preencher seus momentos de lazer com novas jornadas de trabalho, tendo em vista o atendimento de suas necessidades básicas de sobrevivência, ou mesmo a conquista de seus "sonhos de consumo", o que muitas vezes compromete a qualidade de vida que pode ser proporcionada pelo lazer.

A qualidade de vida almejada pelo lazer em seu sentido social, histórico, cultural e político assume, pois, os princípios da qualidade sociocultural, elemento chave na batalha por condições dignas para todos. Assim, o lazer se torna um espaço para a luta contra a exploração e alienação dos sujeitos, procurando desenvolver a consciência reflexiva calcada não somente na realidade concreta, mas também na possibilidade de atuar sobre ela em busca de saídas.

Para tanto, é preciso desenvolver uma educação para (e pelo) lazer que abrace o seu papel multicultural, valorizando o afetivo, a solidariedade e a inter-subjetividade, considerando, ainda, a diversidade cultural e a democratização social na construção de uma educação para todos que enfatize a igualdade mas não elimine as diferenças. Assim, é preciso alargar espaços para os sonhos, para os desafios e para os riscos que suas realizações impõem. E é justamente o repartir da alegria nesse processo que colabora com a formação de sujeitos lúdicos e com o compromisso do lazer com a promoção da qualidade de vida.

BIBLIOGRAFIA

ARENDT, Hannah. A condição humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.

ARISTÓTELES. A política. Rio de Janeiro: Ediouro, [ s.d.] .

ARROYO, Miguel Gonzáles. Revendo os vínculos entre trabalho e educação; elementos materiais da formação humana. In: SILVA, Tomás Tadeu da (Org.). Trabalho, educação e prática social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. p. 163 - 216.

CHAUÍ, Marilena de Souza. Primeira filosofia: lições introdutórias. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.

FRIEDMANN, Georges. O trabalho em migalhas. São Paulo: Perspectiva, 1983.

IBRAHIM, Hilmi. Feudal societies: learning from the past. Journal of physical educacion, recreation and dance/Leisure today, Washington/USA, v. 60, n. 4, p. 40-41, apr., 1989.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e Educação. Campinas. Papirus, 1987.

SOUSA, Eustáquia Salvadora de. Meninos, à marcha! Meninas, à sombra!; história do ensino da Educação Física em Belo Horizonte – 1897-1994. Campinas: Faculdade de Educação da UNICAMP, 1994. (Tese de Doutoramento).

TOURAINE, Allain. Crítica da Modernidade. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

WERNECK, Christianne Luce Gomes. O uso do corpo pelo jogo de poder na Educação Física. Belo Horizonte: Escola de Educação Física da UFMG, 1995. (Dissertação de Mestrado).

YOSHIOKA, Carlton, SIMPSON, Steve. The aristotelian view of leisure; Athens, Sparta and Rome. Journal of physical educacion, recreation and dance/Leisure today, Washington/USA, v. 60, n. 4, p. 36-39, apr., 1989.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Núcleos em movimento: fotos do jornal e das atividades de meio ambiente

Os jovens do Núcleo Maria Liduína se animaram com a chegada do seu jornal. Todos se reuniram para a entrega.



Os alunos se engajaram nas atividades relativas ao meio ambiente. É muito bom ver todos se comprometendo com esta luta


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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nucleo 15 de Outubro Realiza Oficina de Tapiocas Recheadas




Os educadores do núcleo 15 de Outubro realizaram uma oficina de tapiocas recheadas.
O evento envolveu os educadores das três simensões, provando que o planejamento e integração da equipe é um forte elemento para o crescimento do Programa.
A oficina minIstrada por D. Sandra foi um sucesso!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Conferência de Juventude- MARCANDO PRESENÇA



Conferência de Juventude

MARCANDO PRESENÇA


Eu achei muito interessante pois estávamos reunidos para debater sobre o que era importante para os jovens e para a comunidade. Falamos sobre trabalho, educação, meio ambiente, oportunidade de qualificação para o primeiro emprego e também sobre os cursos que poderiam ter gratuitos para a juventude, como enfermagem, corte e costura, língua estrangeira e etc. Fizemos escolhas e votamos no que seria melhor para toda juventude. Além de ser muito legal e divertido tivemos oportunidade de conhecer gente nova e trocar conhecimentos e experiências sobre diversos assuntos. Foi um dia inesquecível para mim e acredito que para todos que estavam lá.

Viviane Nascimento Turma -D  Sobre a convenção da juventude só tenho a parabenizar a prefeitura de Fortaleza por reunir tantos jovens para pedir opiniões e falar sobre nossos direitos,  nos ensinar a defender nossos ideais com tanta fé e força. Ao chegarmos no CUCA fomos bem recebidos por alunos de outras escolas e bem servidos de alimentação,  segurança, e atenção de todos os organizadores. O que me chamou muito atenção foi que fomos separados por  temas como educação , saúde, lazer e etc. Chegando nas salas foi mostrado idéias que nós defenderíamos, debatemos sobre elas por muito tempo, depois elegemos um representante para defender as opiniões que tivemos. Nosso atual governo está disposto a escutar e fazer acontecer. Wilijohnata Gomes Turma – D

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Distribuição do Jornal EcoJovem - 15 de Outubro


Nesta terça-feira, dia 14/09, realizamos a distribuição do jornal escolar ECOJOVEM a Profª Angela Michele foi as ruas com uma comissão de alunos envolvendo todas as turmas A,B,C,D e E a receptividade foi surpeendente. O periódico adentrou supermercados, pequenos comércios, lan house, pedestres, mototaxistas, motoristas, academias, postos de gasolina, transportes coletivos, farmácias, pizzarias e até divulgamos com agentes de saúde nos centros de saúde e comunidade.
Foi mais um momento de integração e satisfação de um trabalho realizado com excelência e em equipe.Equipe de Professores 15 de outubro




quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Meio Ambiente: Feira Cultural no Núcleo Denisard Macedo

O núcleo Denisard Macedo realizou a culminância do projeto meio ambiente com uma feira cutural. Foi muito bom ver os jovens se envolvendo com as atividades. Parabéns a todos!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Balada cultural: Lançamento do Jornal Juventura - Vicente Fialho






Os jovens do núcleo Vicente Fialho idealizaram uma "balada cultural" para lançar o segundo número do Jornal Juventura com apoio dos educadores.