segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mostra Retratos da Cidade - o movimento está a todo vapor!

O NÚCLEO VICENTE FIALHO REALIZOU SUA MOSTRA CULTURAL INTERNA RETRATOS DA CIDADE, ONDE OS JOVENS TIVERAM A OPORTUNIDADE DE MOSTRAR SUAS HABILIDADES ARTÍSTICAS RETRATANDO A CIDADE ATRAVÉS DE MAQUETES E ARTESANATO. O EVENTO CONTOU COM A PRESENÇA DOS EDUCADORES E KELLYNIA, COORDENADORA PEDAGÓGICA DO PÓLO 3.

ABAIXO, ALGUMAS FOTOS DA MOSTRA!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Textos de Apoio - atividades do Projovem

Direitos do trabalhador


CÂNTICO DA ROTINA
Ana Miranda


Todo trabalhador tem direito a bocejar
Todo trabalhador tem direito a ganhar flores
Todo trabalhador tem direito a sonhar
Todo trabalhador tem direito a ir ao banheiro
Todo trabalhador tem direito a manteiga no pão
Todo trabalhador tem direito a promoção
Todo trabalhador tem direito a ver o pôr-do-sol
Todo trabalhador tem direito a um cafezinho
Todo trabalhador tem direito a ler um livro
Todo trabalhador tem direito a um rádio de pilha
Todo trabalhador tem direito a sorrir
Todo trabalhador tem direito a ganhar um sorriso alheio
Todo trabalhador tem direito a ficar gripado
Todo trabalhador tem direito a peru no Natal
Todo trabalhador tem direito a festa de aniversário
Todo trabalhador tem direito a jogar pelada
Todo trabalhador tem direito a dentista
Todo trabalhador tem direito a andar nas nuvens
Todo trabalhador tem direito a tomar sol
Todo trabalhador tem direito a sentar na grama
Todo trabalhador tem direito a viagem de férias
Todo trabalhador tem direito a catar conchas numa praia deserta
Todo trabalhador tem direito a dizer o que pensa
Todo trabalhador tem direito a pensar
Todo trabalhador tem direito a saber por que trabalha
Todo trabalhador tem direito a se olhar no espelho
Todo trabalhador tem direito a seu corpo e sua alma

Porque nosso corpo não é uma máquina. Em nosso corpo há vida. (…) É preciso haver sempre uma relação entre prazer e trabalho, entre satisfação pessoal e contribuição, e uma relação individual com a natureza. Uma relação íntima entre o movimento da mão e o pensamento. Nenhum ser humano deve trabalhar como se fosse uma máquina. O trabalho tem de servir ao aprimoramento de nosso ser e dar significado à nossa existência.

Extraído do livro Deus-Dará. São Paulo: Casa Amarela.



O CAMELÔ

Tatiane Batista Macedo
Acorda, João,
Já passa das cinco.
O relógio não pára, a vida não pára.
É hora de ir para a vinte e cinco,
Vender as mercadorias
Que, com os únicos centavos e tantos esforços, acabou de comprar.
No corre-corre, no grita-grita:
— Três por um real!
João nem se dá conta
Que, às suas costas,
O policial durante a ronda
Leva as mercadorias.
João, e agora?
E agora, João?
Como comprará o leite da Gabriela,
O pão do Pedro,
A saia da Maria?
E agora, João?
Como pagará o aluguel ao seu Manuel?
João, e agora?
Os policiais ainda amarram os sacos.
João volta.
Não pode.
João pega.
Não dá!
João é impedido.
Não pode! Não pega! Não dá!
Corre, corre agora?
E o leite e o aluguel e a saia e o pão?
Não posso, não dá.
No corre-corre, no grita-grita,
O único som: uma lágrima caindo...

Publicado em www.dedic.com.br

A Luta pelo Desenvolvimento Sustentável - A PALAVRA DA CONSTITUIÇÃO

A Carta Magna brasileira promete o céu ambiental, mas não reflete a realidade
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA

CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

I – soberania nacional;

II – propriedade privada;

III – função social da propriedade;

IV – livre concorrência;

V – defesa do consumidor;

VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela emenda constitucional no 42, de 19/12/2003.)


CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I. preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Regulamento)

II. preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (Regulamento)

III. definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa aintegridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Regulamento)

IV. exigir, na forma da lei, para instalaçãode obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;(Regulamento)

V. controlar a produção, a comercializaçãoe o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)

VI. promover a educação ambiental emtodos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII. proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento)

§ 4º. Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º. A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização farse-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º. As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
Extraído da Constituição Federal Brasileira de 1988, capítulo I



Ciclos de leitura - Resenhas

olá a todos!
O Projovem Urbano está realizando o ciclo de leituras e para ajudar na escolha do livros, estamos divulgando suas respectivas resenhas. Boa leitura!

1.Título: A educação para além do capital

Autor(a): István Mészáros /Editora: BoiTempo/Ano de publicação: 2005

Mészáros discute como pensar a sociedade tendo como parâmetro o ser humano. Exige a superação da lógica desumanizadora do capital, que tem no individualismo, no lucro e na competição os seus fundamentos. Sustenta que a educação deve ser sempre continuada, permanente, ou não é educação.

Defende a existência de práticas educacionais que permitam aos educadores e alunos trabalharem as mudanças necessárias para a construção de uma sociedade na qual o capital não explore mais o tempo de lazer, pois o que as classes dominantes impõem é uma educação para o trabalho alienante, com o objetivo de manter o homem dominado. Já a educação libertadora teria como função transformar o trabalhador em um agente político, que pensa, age, e usa a palavra como arma para transformar a realidade.

Pensando na construção da ruptura com a lógica do capital, Mészáros reflete nas páginas deste livro sobre algumas questões essenciais: Qual o papel da educação na construção de um outro mundo possível? Como construir uma educação cuja principal referência seja o ser humano? Como se constitui uma educação que realize as transformações políticas, econômicas, culturais e sociais necessárias?

Os direitos autorais desta, e de toda a obra de Mészáros no Brasil, foram doados para o Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra, o MST.
Sobre o autor
Nascido em 1930, na Hungria, com doze anos e meio Mészáros já trabalhava como operário em uma fábrica de aviões de carga, tendo que mentir a idade em quatro anos para isso. Começou a trabalhar como assistente de Georg Lukács em 1951, e seria indicado como seu sucessor na universidade de Budapeste, mas a invasão soviética de 1956 forçou-o a sair do país. Vive hoje na Inglaterra. Sua experiência como trabalhador e estudante na Hungria “socialista” foi determinante para a compreensão da educação como forma de superar os obstáculos da realidade.

2.TITULO DO LIVRO: A dialética do trabalho – escritos de Marx e Engels
AUTOR: Ricardo Antunes (org.) /Editora: Expressão Popular/Ano de publicação: 2004

O livro reúne textos e fragmentos de Marx e Engels, que auxiliam enormemente na compreensão do papel e significado do trabalho, mediação essencial entre o homem e a natureza. Também exploram a complexa dimensão presente no processo de trabalho, que pode tanto liberar quanto escravizar, humanizar ou degradar, emancipar ou sujeitar. A desconsideração desta dupla dimensão permitiu que muitos autores, equivocadamente, defendessem o fim do trabalho. O desafio maior da humanidade, entretanto, é dar sentido ao trabalho humano e, desse modo, tornar a nossa vida também dotada de sentido.

3.Título do livro: Pedagogia da Autonomia – saberes necessários à prática educativa

Autor: Paulo Freire / Editora: Paz e Terra /Ano de publicação: 2008 (49ª edição)

A Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire é um livro de poucas páginas, mas de uma densidade de idéias pouco vista em qualquer outra de suas obras. Este seu poder de síntese demonstra sua maturidade, lucidez e vontade de, com simplicidade, abordar algumas das questões fundamentais para a formação dos educadores/as, de forma objetiva. Pedagogia da Autonomia não é um livro a mais da extensa obra de Paulo. É o livro que sintetiza a sua pedagogia do oprimido e o engrandece como gente. É o livro-testamento de sua presença no mundo. Ofereceu-se nela por inteiro na sua grandeza e inteireza.

4.Título do livro: A importância do ato de ler

Autor: Paulo Freire /Editora: Cortez

A questão da leitura e da escrita encaradas por Paulo Freire sob o ângulo da luta política com a compreensão científica do tema. Este livro marca sua presença viva no desafio, vontade e paixão pelos direitos da alfabetização, pronunciados ao mundo sobre a importância do ato de ler.

5.Título: Pedagogia do Oprimido

Autor: Paulo Freire /Editora: Paz e Terra

O livro apresenta o Método Paulo Freire, a mais importante proposta pedagógica pensada com base na realidade do Terceiro Mundo. Apesar dos mais de vinte anos que o separam da primeiro Método mantém atual a avaliação do papel da educação, o vigor de suas perspectivas e sua aplicabilidade. É, por isso mesmo, obra de referência, imprescindível ao estudo da pedagogia.

6.Título:Estórias de quem gosta de ensinar

Autor: Rubem Alves / Editora: Papirus

Um dos maiores bestsellers de Rubem Alves, Estórias de quem gosta de ensinar é relançado agora pela Papirus. O livro reúne diversas crônicas sobre educação.

7.Título do livro: Introdução à Economia Solidária

Autor: Paul Singer /Editora: Fundação Perseu Abramo

O professor e economista Paul Singer descreve as origens históricas e os princípios da economia solidária – em que a solidariedade se sobrepõe à competição – e defende a idéia de que ela poderá ser uma alternativa superior ao capitalismo por proporcionar às pessoas uma vida melhor, com solidariedade e igualdade.


8.Título: Fundamentos da Escola do Trabalho

Autor: Pistrak/Editora: Expressão Popular

Pistrak foi um dos grandes educadores que ajudaram a construir aquilo que se conhece hoje como uma pedagogia socialista, centrada na idéia do trabalho coletivo e vinculada ao movimento mais amplo de transformação social. Este livro, de 1924, sistematiza a experiência do autor na condução da Escola Lepechinsky, buscando traduzir para o plano da pedagogia escolar os ideais, concepções, princípios e valores do processo revolucionário inicial da União Soviética.

Pistrak defende o trabalho como categoria principal para a reflexão teórico-pedagógica e para a expressão prática da escola, vinculada à vida da comunidade. Para ele, o projeto pedagógico socialista deve se basear na idéia do coletivo e ser parte do movimento mais amplo de transformação social. Como vincular o plano de vida de cada estudante ao processo de transformação social, no qual o estudo, o trabalho, as atividades culturais e políticas façam parte de um programa de educação para que este se assuma como sujeito da construção de uma nova sociedade? A contribuição de Pistrak, que é um processo de construção de uma pedagogia social, possibilita ao leitor assimilar novos elementos para sua formação e prática social.

Livro adotado em cursos de Magistério e de Pedagogia.

9.Título: Culturas da Rebeldia – A Juventude em questão

Autor: Paulo Sérgio do Carmo/Editora: SENAC

Os fatos que afetaram o comportamento da juventude na segunda metade do século XX são apresentados, com vivacidade e riqueza de pormenores, nesse livro feito para os jovens, mas que certamente é do interesse de pais e professores. O leitor se identificará com alguns temas referentes a sua geração, desde os movimentos juvenis dos anos 1950 até a atualidade.

10.Título: Juventude e Sociedade: trabalho, educação, cultura e participação

Autor: Regina Novaes e Paulo Vanuchi/Editora: Instituto Cidadania e Editora Fundação Perseu Abramo

No momento em que os jovens enfrentam inúmeras situações de conflito, seja na passagem para a maturidade, seja na vida em sociedade, os artigos deste livro, escritos por reconhecidos estudiosos, buscam discutir e entender o que é ser jovem nos dias atuais, tratando das desigualdades sociais e sua diversidade de estilos e identidades.

Os temas abordados nos ensaios passam pela educação, pelo trabalho e pela cultura; retratam as relações dos diferentes segmentos juvenis com a violência; refletem sobre as distintas maneiras de os jovens se relacionarem com os valores e as práticas da sociedade de consumo. São apresentadas também experiências já testadas pelas novas gerações para construir identidades, para reinventar a política, para transformar a vida em sociedade.

Os artigos e seus autores: Política e juventude: o que fica da energia - Renato Janine Ribeiro; Conversando com os jovens sobre direitos humanos - Maria Victoria Benevides; Ambientalismo e juventude: o sujeito ecológico e o horizonte da ação política contemporânea - Isabel Cristina Carvalho; Perspectivas da juventude na sociedade de mercado - Jurandir Freire Costa; A juventude como sintoma da cultura - Maria Rita Kehl; O jovem na família: o outro necessário - Cynthia Sarti; Juventude e violência no Brasil contemporâneo - Luiz Eduardo Soares; O modelo de proteção social no Brasil: qual o espaço da juventude? - Amélia Cohn; Juventude, trabalho e educação no Brasil: perplexidades, desafios e perspectivas – Gaudêncio Frigotto; Juventude em busca de novos caminhos no Brasil - Marcio Pochmann; Educação para o empreendedorismo: uma visão brasileira - Antonio Carlos Gomes da Costa; Segurança para viver: propostas para uma política de redução da violência entre adolescentes e jovens - Rubem César Fernandes; Políticas públicas por identidades e de ações afirmativas: acessando gênero e raça, na classe, focalizando juventudes - Mary Garcia Castro.

11.Título: Juventude e Políticas Sociais o Brasil

Autor: Jorge Abrahão de Castro, Luseni Maria C. De Aquino e Carla Coelho de Andrade/Editora: IPEA

A publicação, organizada pela Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa Econômica aplica da (Ipea), amplia e aprofunda a discussão de temas e questões cruciais para a compreensão da temática juvenil no âmbito da ação pública no Brasil.

Em 12 capítulos, a obra destaca o tema "juventude" associado a dimensões e problemas típicos do relacionamento entre o universo juvenil e a sociedade mais ampla: trabalho; desigualdade e discriminação; situações de fragilização social; oportunidades; papéis sociais; e práticas de consumo, entre outros.

O objetivo foi fornecer uma leitura da inserção desses temas na agenda das políticas públicas de corte social e contribuir para a compreensão do espaço que as políticas setoriais destinam aos temas e aos problemas da juventude. Com a identificação das lacunas e dos desafios na área, o livro contribui com subsídios para novos debates sobre os jovens brasileiros.